Na tarde desta
quinta-feira (22) a secretária de Estado da Agricultura, Rose Rodrigues, veio a
Estância onde fez uma visita técnica ao Matadouro Municipal José Gravatá, que
há cerca de 14 anos responde uma Ação Civil Pública ajuizada pelo MPE/MPF
decorrente das irregularidades existentes, tendo que o Município acatar as
exigências da legislação vigente, sob a pena de fechamento.
Na semana passada uma
Comissão de vereadores foi recebida pela secretária Rose ocasião em que foi
solicitado o apoio do governo do Estado no sentido de ver in loco o que pode ser
feito para atalhar um possível fechamento do matadouro.
- Esse encontro foi provocado pelo vereador Léo com o apoio dos seus
Pares. Pediu ajuda ao govenador Belivaldo Chagas que autorizou esta visita para
que fosse observado o que é que o Estado pode fazer para que o matadouro não venha
ser interditado – disse Rose.
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Vimos acompanhados do corpo técnico da Endagro, Salete Dezen, Gismário Nobre e
Carlos Henrique, juntos, no sentido de ver qual a forma de o governo contribuir com esta situação – relatou a
secretária.
"A primeira exigência para se analisar um matadouro é ter a licença ambiental. Não a tendo, nem se analisa”, disse a Dra. Dezen. |
De acordo com exposição
da doutora Salete Dezen (Diretora de Defesa Animal) a lei de normas de abate é
antiga, de 1958 e nessa força-tarefa que interditou os matadouros de Cristinápolis,
Tomar do Geru, Boquim, Pedrinhas, Arauá, Itabaiainha, Tobias Barreto, os laudos
trazem pareceres do CREA, Endagro, Adema, Vigilância Sanitária, Centro
Veterinário, seguidos da análise do MPE/MPF.
Não é uma coisa dos
atuais prefeitos, mas uma coisa que vem há mais de uma década se arrastando. Irregularidades
que foram deixadas para trás e hoje cai no colo dos prefeitos atuais, revelou
Salete Dezen.
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A primeira exigência para se analisar um matadouro é ter a licença ambiental.
Não a tendo, então, nem se analisa”,
espelhou a doutora Dezen.
O prefeito Gilson
Andrade disse que a situação do matadouro municipal tem lhe preocupado desde o primeiro momento da
sua gestão e tem trabalhado no sentido do não fechamento da citada Casa de Abate.
- Os matadouros dos municípios vizinhos foram fechados por não terem a
licença ambiental. O daqui não tem desde que foi implantado há mais de 16 anos.
Os matadouros das regiões Sul e Centro-sul foram interditados e fechados. Por enquanto só
o daqui de Estância continua aberto – disse o prefeito.
"Esta situação nos preocupa desde o começo da nossa gestão", disse o prefeito |
O prefeito relatou ainda
que encaminhou projeto de lei para a Câmara de Vereadores pedindo autorização
para que fosse feita uma concessão pública.
- já
publicamos o edital, temos em vista uma licitação para o final do ano.
Esperamos que o MP entenda essa nossa luta e que possa ver novos prazos para
que a empresa ganhadora possa fazer os
investimentos que atendam as recomendações que constam na ação civil pública –
arrematou .
O
vereador Artur Oliveira taxou de produtiva a visita feita pela secretária e
equipe.
- Embora, diante dos complicadores como a falta
de licença ambiental, a falta de um engenheiro responsável pela caldeira, o
nosso desejo é que o governo do Estado possa ajudar; se cabe adequações que
sejam feitas. Nós cumprimos o nosso papel enquanto representante do povo. Nós
entendemos que esta não é uma questão fácil de ser resolvida, mas,
estamos esperançosos
- disse o petista.
O Matadouro José
Gravatá faz o abate para as cidades de Indiaroba, Santa Luzia, Umbaúba e
Estância. Tem no quadro de funcionários cerca de cem trabalhadores, muitos com
mais de 20 anos de faina; são abatidos mil animais ao mês.
Marcaram presença:
prefeito Gilson Andrade, vereadores Sérgio Larissa, Zé da Paz, Pedro Benjamin,
Dode, Chica do Fato, Léo de FA, Artur Oliveira, Dionísio Neto, Tertuliano
Pereira; secretários de Meio Ambiente Joubert Denner, de Agricultura Blinoff, radialistas
Adriano Alves e Genílson Máximo.
Parabólica News
Texto e imagens
Genílson Máximo
Secretário de Agricultura Blinoff explana ações em prol do não fechamento do matadouro |
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