segunda-feira, 5 de outubro de 2020

PSOL de Estância perde na justiça ação impetrada contra radialista Dissanti

 


Por: Genílson Máximo

O radialista Luiz Carlos Dussantus – Dissanti – abriu o programa desta segunda-feira, 05, (FM Mar Azul) reportando as ações judiciais que lhe tiveram sentenças favoráveis. Dissanti é alvo do desejo malacafento de uma sigla que deveria ter postura diferente; como partido de extrema esquerda, comete erro grasso, não deveria perder de vista a história dos anos de chumbo quando radialistas e jornalistas foram caçados, perseguidos, torturados, exilados mortos por agentes de um regime exceção, perverso e sanguinário. 

Querer calar a imprensa tem sido alvo rotineiro de alguns segmentos da sociedade. Aqui em Estância, alguns agentes da política local são alunos aplicados das aulas do presidente Bolsonaro, que anda e vira, ataca profissionais do jornalismo.

Acompanhado de apoiadores reacionários, antidemocráticos, o PSOL de Estância, segue na contra mão da democracia e do direito à liberdade de imprensa diante do feito praticado. Entrou com três ações contra o radialista Dissanti no desejo de tirar o programa do ar sob alegação de que o programa fazia ilações que iam de encontro aos interesses da citada sigla.

Na página do Facebook do mencionado radialista o internauta Pedro Santos escreveu: “Estância está atenta e de olhos abertos a esse tipo de atitude do PSOL, o povo não é bobo”.

Sabe-se que um dos pilares do Estado Democrático de Direito é uma imprensa livre, independente e combativa. Não é à toa que, sistematicamente, vê-se a imprensa ser demonizada por pessoas com tendências autoritárias irrefreáveis. Em Estância, a sigla que acalenta o sonho de chegar ao poder pela via democrática, elege o jornalismo como inimigo e leva o âncora às barras da justiça para silenciá-lo.

O pedido do PSOL, de Estância, que tem como candidato a prefeito o senhor Márcio Sousa, pediu para tirar este programa do ar. Escapamos por decisão da justiça que não viu necessidade alguma de tirar o programa do ar, mesmo o PSOL, do candidato Márcio Sousa, achando que este programa é nocivo e tem que sair do ar porque prejudica as eleições de 2020. Então, a justiça entendeu que não há nada de errado com este programa – disse externou Dissanti.

Relata Dissanti que dos três processos do PSOL contra ele, dois a justiça lhe deu ganho de causa, resta ainda um, que tem como finalidade calar o radialista.

“Não que este radialista tenha algo contra o candidato do PSOL, mas pela forma que Ivan Leite estava rompendo com o prefeito Gilson Andrade, através das redes sociais, não é maturidade nenhuma do ex-prefeito. O certo seria sentar olhando olho no olho e não havendo entendimento entre as partes, então, que cada um siga o seu caminho, isto para evitar que pessoas mal-intencionadas se aproveitem desse racha e ocupem a prefeitura e levem Estância ao atraso. Não sei o porquê de o PSOL vestir a camisa”, questiona Dussantus.

Tirar o programa do ar, calar um radialista, é uma rajada diretamente no coração da sociedade, é um insulto, deselegância e incitação ao autoritarismo. É uma afronta para todos aqueles comunicadores, é como se rasgasse o direito à liberdade de imprensa garantido na CF de 1988.

Mesmo dependendo do julgo eleitoral, o PSOL dá sinais de saudades dos tempos de chumbo, da Ditadura Militar (1964/1985); não cabe mais nos dias atuais. Como disse a ministra do STF Cármen Lúcia.

- A imprensa é livre e não é livre como um poder, é livre até como uma exigência constitucional para se garantir o direito à liberdade de informar e do cidadão ser informado para exercer livremente a sua cidadania. Não há democracia sem imprensa livre. (Cármen Lúcia).

Dissanti é um agente da comunicação social que tem atuado com responsabilidade.  Os seus programas apresentados em duas emissoras da cidade – Marazul FM e Xodó FM – suprem de informações a população diariamente, além da cessão de espaço que é dado a diversos segmentos sociais. 

Estas ações  fere toda a imprensa estanciana. Com isso o PSOL dá sinais de saudades dos tempos de exceção quando as grandes mídias silenciam diante dos atos incômodos praticados pela Ditadura – tem rádio em Estância em silêncio – enquanto a imprensa alternativa enfrentava a“fera” e denunciava as barbaridades cometidas pelos militares; essa foi perseguida, caçada e destruída, para ñ dizer aquilo que feria os interesses da elite reacionária.

A quem interessa ter uma imprensa silenciada?

 

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