Vereadora Alinete Soares propõe criação de Procuradoria da Mulher na Câmara de Estância

Os últimos fatos de agressão a mulher, vistos nessa semana em redes sociais e imprensa de todo Brasil, incomodou a vereadora Alinete Soares (PP) que abordou o assunto no pequeno expediente, na sessão ordinária da Câmara, na tarde desta terça-feira (13). “Como única parlamentar nesta Casa, não irei calar diante da violência contra a mulher. Fomos surpreendidas com vídeos nas redes sociais que chocaram o Brasil. Cenas que causam indignação quando uma mulher é agredida na frente da sua mãe e do seu bebê de menos de um ano de idade. É inadmissível que casos de violência contra a mulher fiquem impunes”, acentuou Alinete.

A vereadora é policitante de projeto de lei que visa à criação de uma Procuradoria da Mulher na Câmara.

“Peço aos nobres colegas que aprovem o projeto de lei, da nossa autoria, que cria a Procuradoria da Mulher, aqui nesta Casa. Será um marco para esta Casa de Leis ter um espaço que atenda as mulheres e que dê a elas a devida atenção. Eu enquanto mulher, mãe, representante feminina neste Parlamento, me coloco à disposição para lutar pelas causas das mulheres. E peço o apoio dos senhores”, afiançou.

Alinete Soares está no exercício do seu primeiro mandado. É membro da mesa diretora da Câmara, na função de segunda secretária; mãe do ex-vereador Fabrício Soares, este tem lhe assessorado nas questões do mandato.

Dados

Em 2020, mais de 105 mil denúncias de violência contra a mulher foram registradas nas plataformas do Ligue 180 e do Disque 100. Do total de registros, 72% (75,7 mil denúncias) são referentes à violência doméstica e familiar contra a mulher. O Brasil registrou oficialmente em 2020 a morte de 1.338 mulheres por sua condição de gênero, assassinatos praticados em sua maioria por companheiros, ex-companheiros ou pretensos companheiros.

Em relação a março de 2020, o número de mulheres assassinadas subiu mais de 33%. No ano passado, o mês de março registrou seis mortes de mulheres e um feminicídio. O aumento no número de feminicídios foi de 200% entre 2020 e 2021, avaliando apenas o mês de março.

Por: Genílson Máximo

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