Na
tarde desta segunda-feira, 20, o prefeito do município de Estância Carlos Magno
foi à Rádio Marazul FM e expôs ao radialista Luiz Carlos Dussantus, apresentador
do “Dia Dia Notícias”, a radiografia da crise que afeta a prefeitura de
Estância. Carlos Magno não está só no
chororô, país afora prefeitos reclamam da crise econômica que afeta a governabilidade.
O
prefeito não escondeu que sua gestão enfrenta um momento de crise e que será
preciso empunhar firme as rédeas para manter a máquina administrativa em funcionamento,
se abstendo de obras com recursos próprios, reduzindo despesas e sem abrir mão
de manter em dia os salários dos servidores.
A princípio, disse, será necessária a redução de 20% da gratificação dos
cargos em comissão já neste mês. E, mais adiante, se preciso, fará a redução do
quadro de CCs.
Não
escondeu que a Prefeitura deve aos credores. Justificou que é por conta da redução
das receitas. Garantiu que até o fim da sua gestão ninguém ficará sem receber
porque o prefeito não pode deixar dívida para o futuro gestor, por lei. No entanto,
mostrou-se arreliado com o repasse de royalties que chegou a 1,3 milhão/mês e reduziu
para cerca de 600 mil e que pode chegar a zero em setembro porque a Plataforma
de Piranema está quase parada.
Ainda
sobre a crise, Carlos Magno sobressaltou que está monitorando o repasse de
receitas a exemplo da cota do FPM que no mês passado foi de 400 mil e este mês
cerca de 170 mil. O quadro não é animador e o prefeito será obrigado adotar
medidas drásticas o que tem deixado membros do governo tensos, pois não se sabe
ao certo que vai estar na roleta-russa.
Diante do impasse, prefeito não hesita e diz que “É necessário preservar
a folha de pagamento dos servidores efetivos”.
Questionado
por um ouvinte acerca do transporte dos universitários, o governante lembrou
que o referido serviço é de obrigação do governo federal e que no começo da
gestão ajudou com quatro ônibus. “Como
não é uma atividade de obrigatoriedade da Prefeitura, então já fica na lista primeira
de corte porque a gente tem que manter os serviços essenciais da prefeitura”, ratificou.
Sobre
as críticas que a gestão tem sofrido na mídia estadual e nas redes sociais, Carlos
Magno as considera coisas da política; disse que são matérias pagas e que está focado
na gestão. Afirmou que não vai dar ouvido aos adversários políticos porque não
é a hora ainda. “Quando chegar a minha
hora, em julho, ai vocês vão ver o Leão de Judá nas ruas”, fez conhecida
citação bíblica.
Mesmo
enfrentando o “balança mais não cai”, o prefeito não perde a pose. Realçou que em agosto vai inaugurar várias
obras como o Calçamento de rua próximo ao Valadares, a Casa Acolhedora, o Posto
de Saúde do CSU e o Calçadão da Feira. “O volume de obras realizadas em nossa
gestão causa inveja na oposição. Temos avaliação de pesquisa e tenha a certeza
de que estamos numa situação boa”, tirou onda.
Lembrou
que já foi homologada licitação para construção de 28 casas para atender às famílias
atingidas na enchente de maio de 2009, através de emenda da senadora Maria do
Carmo. Delineou ainda que irá construir três quadras esportivas contemplando as
comunidades do Candeal, do Conjunto Santo Antônio e do Povoado Ribuleirinha. Também,
salientou que irá concluir as obras iniciadas na gestão do ex-prefeito Ivan
Leite.
Atualmente
o prefeito navega em uma avalanche de dificuldades, sendo denunciado por adversários
políticos no MP que o acusam de ferir o limite prudencial, de
separar Secretarias e criar cargos; está numa queda de braço com parlamentares de oposição
com exposições nos programas de rádio; tem feito constantemente troca de
Secretários; denúncias na mídia de demorar pagar a credores, enfim; ainda
tem que se equilibrar na corda bamba da crise para não comprometer o desempenho
do governo. Diante da experiência de timoneiro que o tem, diz saber conduzir o barco nesse tempo de tempestade.
Por
Genilson Máximo
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