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13 de fevereiro é Dia Mundial do Rádio


Aqui deixo o meu abraço ao radiodifusor engenheiro e jornalista Jorge Prado Leite neste Dia.

Ex-funcionários da Esperança


Na noite de 25 de setembro, de 2009, os radialistas de Estância, na sua maioria os que passaram pela Rádio Esperança, prestaram homenagem a doutor Jorge Leite; à época ele estava aos 83 anos, lúcido, ativo, e ficou imensamente contente com o preito.  A homenagem aconteceu  na data em que é comemorado o Dia do Rádio (25 de setembro). 


No governo Lula o dia 21 de setembro – Dia do Radialista - tornou-se uma data simbólica e o dia 7 de novembro tornou-se a data oficial, Dia do Radialista. A mudança aconteceu em homenagem a data natalícia do músico e radialista brasileiro Ary Barroso.

Toda essa confusão de datas não tirou o brilho da homenagem prestada a doutor Jorge Leite. Ele foi o responsável por trazer a primeira emissora de rádio para o interior do estado a abrir as portas para dezenas de pessoas. A sua rádio foi batizada de Rádio Esperança, entrou no ar no dia 01 de maio de 1967. Completa 50 anos no próximo mês de maio. 

Maria Laurinda (operadora de áudio)

Doutor Jorge Leite é um incentivador do rádio. Deu oportunidade a dezenas de profissionais que hoje atuam em vários estados e cidade do país. Jamais conheci tamanho zelo pela qualidade da programação, sempre interagindo, opinando, dando sugestões, sempre valorizando a MPB, os cantores iniciantes. Dizia: “Se a Rede Globo, que é a maior TV do país,  massifica a divulgação da sua programação, então  vamos também nos esforçarmos para divulgar bem os nossos programas da grade”, nos ensinava com maestria.

Por muitos anos preparei as pautas do seu programa A ESPERANÇA CONVERSA COM VOCÊ e nós gravávamos em sua residência pouco  depois do meio dia assim que deixava o escritório da Sulgipe. Inicialmente com ajuda de um gravador portátil e com fitas cassetes. Tempos depois com  ajuda de um Tape Deck e com a evolução da tecnologia passamos a produzir  com ajuda de uma mesa de som, fones de ouvido, microfone e um aparelho de MD.

Comemoração dos 30 anos da Rádio Esperança


Ele era muito cuidadoso ao produzir as falas. Depois de gravadas queria ouvi-las, se não gostasse, gravava outra vez. Pedia-me para avisá-lo quando o programa fosse levado ao ar. Depois, por telefone, fazia-me os comentários. 

A emissora recebia fitas dos ministérios da Educação e da Saúde com programetes de 10 a 15 minutos. Ele autorizava colocá-los no ar sem receber nada como pagamento. Na apresentação do tema escolhido esse era o texto do introito: “Senhores e Senhores, mocidade amiga, voltamos a conversar com o prezado amigo e hoje o assunto é ‘Saúde Pública’. O Ministério da Saúde nos remete, periodicamente, gravações que tratam de vários temas ligado à saúde pública. São temas que se não tiverem interesse de imediato para a nossa gente, tem, sem dúvida, o valor de aumentar a cultura, o conhecimento que um dia pode ser necessário ser conhecido. Nós, da Rádio Esperança, fazemos isso com muito prazer, e de graça. O ministério da Saúde manda as fitas e nós reproduzimos sem nada receber em troca disso. Mas, temos o imenso gosto de saber que estamos sendo úteis à coletividade onde a Rádio Esperança está sendo ouvida. Senhoras e Senhores, mocidade amiga, até outra oportunidade”, assim  rubricava  os seus programas.

Na produção do programa



Por: Genílson Máximo


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