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Mostrando postagens de julho, 2023

Pedro Siqueira, o homem da Casa Vitória, faz 10 anos de adeus

Era uma tarde de segunda-feira, 18 de junho, de 2012, eu retornava para casa, caminhava pelo passeio do lado do Bar Central e me deparei com o empresário Pedro Siqueira que estava sentado à sua porta, como de costume, dedicava um tempinho do seu dia para um colóquio com os amigos e conhecidos. “Para onde vai com tanta pressa”, indagou. “Sente-se um pouco para a gente conversar”. Chamou um dos seus empregados domésticos e pediu que trouxesse uma cadeira. Sentei-me e por quase uma hora se estendeu a palra. E nesse dedo de prosa, me falou do seu esforço para implantar a primeira escola do Município, quando foi prefeito. Eu estava de posse de um aparelho celular, aproveitei para registrar o seu depoimento: “Eu era prefeito em 1959, observei que a Avenida Getúlio Vargas, Rua General Pedra, Rua da Bahia, Rua de Santa Luzia, não existia uma escola para atendê-las. O município ganhava naquele ano o seu primeiro Grupo Escolar, que recebeu o nome do seu patrono, Senador Júlio César Leite, qu

Fui convidado por Sérgio Larissa para assumir a Ascom da Câmara Municipal

  Conheci o saudoso Sérgio Luís Nascimento Melo (Sérgio da Larissa) em 2004, alimentava o sonho de adentrar na política estanciana. Proprietário de uma padaria no bairro Botequim, que depois migrou para delicatéssen, batizada de ‘Delicatéssen Larissa’; ele se destacava por manter um trabalho de assistência aos menos favorecidos.  À época dizia que iria disputar a eleição para vereador, chegar à presidência da Câmara e, na sequência, chegar ao cargo de prefeito da cidade. Nas eleições municipais de 2012, elegeu-se ao cargo de vereador pelo PTdoB e obteve a maior votação dentre os dez eleitos, precisamente, 1.767 votos. Elegeu-se prefeito naquele ano o médico Carlos Magno Costa Garcia, pela sigla do DEM, com 18.381 votos; ficou em segundo lugar, o também médico, doutor Gilson Andrade (PTC), obteve 11.103 votos. Disputaram também essa eleição os candidatos Márcio Souza (PSOL), 2.339 votantes e Joaldo Santos (PT), que alcançou 1.206 sufrágios eleitorais. A Presidência da Câmara, no biênio

Dona Belê e Dona Iracema, duas traições

Ilustração: Foto do Google   Em uma pequena cidade, residia uma mulher chamada Iracema. Corria à boca pequena que ela possuía o costume de "costurar para fora". Era esposa de um homem que trabalhava como porteiro para um influente empresário. O casal vivia, com seus três filhos, em uma casa funcional, próxima à residência do patrão. Outra figura de destaque era Dona Belê, uma mulher multifacetada. Ela coordenava os empregados domésticos, vigias, vaqueiros, fazia as compras da casa, organizava missas e procissões. Em suma, desempenhava o papel de gerente do empresário. Naquela época, meninos e meninas buscavam a bênção do padre na praça aos domingos, após a missa. O delegado funcionava como uma espécie de juiz de paz, severo, pegando pelas orelhas os jovens que desonravam as moças e depois tentavam escapar de suas responsabilidades. Era um período de tabus, censura, e o país ainda sofria os resquícios do regime militar. Um jovem vizinho das duas senhoras, trabalhador, re