Bons dias da minha existência vivi no Bairro Santa Cruz, após mudar-me com minha família do Conjunto Paulo Amaral para a tradicional “Vila Operária”, para trabalhar na Sulgipe, depois na Rádio Esperança, onde estou até hoje. Costumava aos sábados, a partir do meio-dia, reunir-me com alguns vizinhos para degustarmos uns petiscos regados a caipirosca, caninha 51, Velho Barreiro, quentão e etc. Animados ao som de Amado Batista, de É o Tchan, de Asa de Águia, de Cia. do Pagode, de Forró Maior e de outras bandas, a galera se reunia embaixo da frondosa árvore da Praça Coronel Gonçalo Prado, a comer, a beber, a papear, a ouvir músicas horas a fio, enquanto as mulheres cuidavam com perfeição da salada, da farofa, dos caldinhos e até da caipirinha. Os homens revezam os assuntos e exibiam gabolices, arrotavam valentia e os que contavam as mentiras de pescadores ou a elencar suas aventuras de Don Juan. As crianças a brincarem entre os canteiros e algumas das esposas a disput...