Essa história é daquelas de deixar o queixo caído, que só rolam no interiorzão, com aquele jeitão que mistura causos, risadas e um tiquinho de medo. Tudo aconteceu num fim de semana de dezembro de 2008, lá no povoado Alto do Cheiro, em Riachão do Dantas, Sergipe. Fui parar ali a convite do meu parceiro de longa data, Zé de Antero, pra curtir um dia na roça, com direito a comilança e muita prosa. Chegando na cidade, já entrei no clima. Tava tocando uma música do Zetinha forrozeiro danado da região, e não resisti: fui logo visitar a igreja de Nossa Senhora do Amparo, a padroeira. Enquanto admirava o lugar, lembrei de uma história triste que o povo ainda comenta. Em 1966, um garotinho chamado Augusto Sérgio, que tocava o sino durante a missa, caiu da torre da igreja bem na hora da elevação. Levaram o menino pro hospital em Lagarto, mas ele não resistiu. Até hoje, essa tragédia mexe com o coração dos riachãoenses. Agora, deixa eu te contar sobre Riachão do Dantas, que já teve seus cinco mi...