Imagem ilustrativa Contemplando o mundo com coração receptivo, reconhecendo a beleza intrínseca da vida, sou transportado no cassuá das recordações, garimpo fatos do cotidiano que envolve amigos, vizinhos, parentes. Enquanto os holofotes se voltam para aqueles que transitam em tapetes vermelhos, apagam-se para os invisíveis. Estes, no entanto, são relegados ao abismo da indiferença social. Como Nelson Rodrigues disse uma vez, “Apenas os profetas enxergam o óbvio”. No entanto, eu afirmo que a percepção não requer profecia; basta uma observação aguçada para enxergar o que está claramente a um palmo do nariz. Em 1984, uma jovem do bairro Senhor do Bonfim, 16 anos, incrivelmente bela, estudante do Gumersindo Bessa, cruzava a cidade indo e vindo para o colégio. Sua beleza atraía atenção dos rapazes, que disputavam no palitinho quem iria namorá-la primeiro. ‘Uma fruta de vez temporana’ (Alceu). Um namoro malfadado lhe causou uma gravidez, o pai não assumiu. Ainda em fase de fetação, o rela
Por: Genílson Máximo