Você já foi à feira de Estância nesses dias? Ela está mais bonita, mais jovial, tal qual uma nubente engalanada. Feira é poesia, é teatro ao ar livre, é cordel, é versos, é prosa, é publicidade em garrafais, é passarela, vitrine, a mais verdadeira cultura popular no mesmo espaço. Nossa feira está na rima dos nossos compositores, na pena dos nossos poetas. Tal qual escreveu Ary Barroso "Na Baixa do Sapateiro eu encontrei um dia a morena mais frajola da Bahia"; como escreveu o poeta pop Doryval Caymmi "Você já foi à Bahia, nêga? Não? Então vá!"; de forma semelhante enalteceu os seus valores imateriais o compositor Toquinho "Passar uma tarde em Itapuã, ao sol que arde em Itapuã, ouvindo o mar de Itapuã, falar de amor em Itapuã; o poeta Manoel Bandeira também eternizou o seu amor pela sua terra natal, Recife: "Mas não houve dia em que não te sentisse dentro de mim, nos ossos, nos olhos, nos ouvidos, ...