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Laércio defende investimentos na região citrícola e no Baixo São Francisco

Chamar atenção para a situação da região citrícola de Sergipe e para rizicultura do Baixo São Francisco. Esse foi o objetivo do deputado federal Laércio Oliveira (PR/SE) ao discursar no Plenário da Câmara dos Deputados. Ele destacou que essas atividades econômicas já tiveram um passado glorioso e que atualmente precisam de políticas públicas para retomar a prosperidade.

“A citricultura possuía 50 mil hectares de área plantada, levando Sergipe à posição de sexto produtor mundial de laranja, o segundo nacional e o primeiro nas regiões Norte e Nordeste. Esse passado glorioso se transformou em um presente no qual a maioria dos produtores encontra-se endividada e a área de plantio se reduziu a 35 mil hectares”, disse o parlamentar.

Dentre os problemas, Laércio destacou profissionais desmotivados, a falta de pesquisa científica e uma defesa sanitária fragilizada e inoperante, que favorece a entrada em Sergipe de frutos oriundos de outros estados, muitas vezes contaminados com pragas e doenças.

O parlamentar falou também sobre a produção de arroz, uma atividade de enorme relevância social, haja vista ser desenvolvida prioritariamente por pequenos produtores. Eles se concentram nas áreas inundáveis em torno de perímetros irrigados de Propriá, Cotinguiba/Pindoba e Betume. Ele destacou que mesmo sem as cheias do Rio São Francisco, a produção de arroz persiste por causa da irrigação, mas os equipamentos estão obsoletos, têm mais de trinta anos de uso.

Dados levantados pela equipe técnica da Companhia De Desenvolvimento Do Vale Do São Francisco –  a Codevasf – mostram que, na safra do verão de 2010, em uma área colhida de 3,2 mil hectares foram produzidas 20,6 mil toneladas de arroz.

Essa produção gera, na região de abrangência dos perímetros irrigados, uma receita bruta de quase nove milhões de reais, além de criar cerca de cinco mil empregos diretos e indiretos. “Mas é a metade do que se poderia contabilizar, se fosse desenvolvido todo o potencial produtivo da área. O sucateamento dos equipamentos e a estrutura inicialmente feita para a obtenção de duas safras anuais hoje viabiliza apenas uma safra ao ano. Isso significa que deixam de ser gerados cerca de cinco mil novos empregos por ano, além se perder a circulação de recursos da ordem de quase dez milhões de reais no mesmo período”, informou.

Assessoria parlamentar

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