Pular para o conteúdo principal

Estância está esquecida pelos nossos cantores e compositores


Rogério e Jorge Maravilha cantam a cultura junina estanciana


Os meus contemporâneos tiveram o prazer de cantar com Rogério ‘Estância, Forró e Folia’, da compositora Raimunda Andrelina; de cantar com Jorge Maravilha ‘ Festa Maior’ e ‘Forró e Festa’, do próprio e de cantar com Lourival Mendes ‘Estância é só Forró’. 


Estas músicas têm elevado o nome de Estância nas últimas décadas pelos demais pontos do país.  Servem de trilhas para eventos, até mesmo na edição de vídeos sobre os festejos juninos da cidade. Estas formam um universo de poucas melodias que enaltecem a intitulada Cidade Jardim. 


Há uma carência do surgimento de novos hits que possam ascender ainda mais o nome de Estância. Na cidade existe uma profusão de artistas de vários segmentos da música – forró, arrocha, brega, pop rock, samba -, são interpretes de músicas que estão no modismo, entretanto, não compõem nada em reverência à cidade.


Porém, deixam-se sucumbir pelos ‘encantos’ de hits como a ‘Polentinha’, o ‘Lepo, Lepo’ e versos que denigrem a imagem das mulheres chamando-as de ‘cachorras’ ouvidos a exaustão, embalados numa enxurrada de pobreza cultural que colabora com a degradação da juventude, ignoram os valores que enriquecem a história cultural de um povo. Paradoxalmente a musica de bom gosto esses hits são feitos para consumo breve e já saem das gravadoras com um público cativo que busca prazer nas letras que falam de sexo, amor, prazer, bebedeira e diversão.


A Prefeitura, por meio da Secretaria da Cultura, poderia promover festival de músicas que tenha Estância como foco.  Estas utilizadas na promoção de festas públicas, veiculadas nas rádios mesmo mediante contrato de publicidade. Parceria que poderia ser firmada, também, com o Estado que já investiu nessa área em governos passados.


Os cantores e compositores Rogério, Jorge Maravilha, Raimunda Andrelina, Fábio de Estância, precisam ser ainda mais reconhecidos pela mídia. Merecem espaço nos meios de comunicação. Suas músicas devem ser utilizadas na promoção de eventos públicos, pois eles, como poucos dessa seara, revelam amor poético pela nossa querida Estância. Se for feita uma varredura em busca de músicas que enalteçam Estância, certamente, serão encontradas essas aqui citadas. Estância está carente do  olhar poético dos seus artistas.  



Genílson Máximo

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Estância lamenta a perda irreparável de Riviany Magalhães, ícone da Educação Municipal

  A cidade de Estância está profundamente abalada com a precoce e trágica perda da professora Riviany Costa Magalhães, vítima de um acidente na BR-101. Mestre em Educação, Pedagoga, Psicopedagoga, Advogada e ex-secretária Adjunta da Educação, Riviany deixou um legado significativo para a educação do município. Sua partida inesperada representa uma perda imensa, não apenas pela vasta contribuição profissional, mas também pela presença acolhedora que exercia nas escolas municipais, onde, com dedicação, transformava a vida de alunos, colegas e toda a comunidade. Riviany não era apenas uma educadora, era um símbolo de afeto, compromisso e competência. Sua trajetória, interrompida de forma abrupta, deixou todos profundamente consternados, pois ainda havia muito a ser oferecido. A ausência de Riviany é sentida de forma irreparável, mas seu exemplo continuará vivo, servindo de inspiração para todos que tiveram o privilégio de conhecê-la. O prefeito Gilson Andrade e o vice-prefeito André G

Os cabarés de Estância, os homens de bem e o falso moralismo

Sem a menor pretensão de estar escrevendo algo original, singular, adianto que a minha motivação   para juntar esse monte de letras que chamo de texto, são as obras de Gabriel Garcia Marques, “Memórias de Minhas Putas Tristes”, as de Jorge Amado, “Teresa Batista Cansada de Guerra”, e Gabriela Cravo e Canela, assim como as músicas, “Cabaré” de João Bosco e Aldir Blanc, “Folhetim” de Chico Buarque de Holanda e “Geni e o Zepelim” também de Chico Buarque. Farei   observações sobre as profissionais do sexo, ora como putas, ora como prostitutas, ou qualquer outro sinônimo, seguindo o vocabulário de cada época. Escrever sobre personagens do andar de cima ou do andar de baixo é uma opção ideológica e não literária em minha opinião, por isso escolhi mais uma vez escrever sobre gente discriminada, gente que apesar do trabalho que exercia, tinha mais dignidade do que se imagina. Estou me referindo aos proprietários de cabarés. Quanto mais lemos, quanto mais estudamos as obras de Jorge

Estância e as suas ruas de nomes pitorescos

Capitão Salomão, centro Por: Genílson Máximo Estância, traz de pia, nome   que  converge em  ascensão ao substantivo feminino. Nome que  agrada ouvir sua sonoridade e que não o é cacófato. Por conta da sua simbiose com o município de Santa Luzia - do qual  foi povoação - quiçá, recebeu do mexicano Pedro Homem da Costa o nome de Estância, talvez  por ser  um local de paragem, de descanso quando das viagens de comércio entre outros  os povos da época. Denominada pelo monarca  Dom Pedro II como o Jardim de Sergipe,  Estância guarda na sua arquitetura os sobrados azulejados, possui um belo acervo arquitetônico, apesar das constantes perdas provocadas por destruições e mutilações de prédios históricos. Estância  das festas juninas, do barco de fogo, dos grupos folclóricos. Estância composta  por nomes de ruas que rasgam o tempo, mesmo com  as constantes mudanças de nomes, continuam vivos no consciente popular  com os seus  pitorescos  nomes. O programa "Sábado Esperança&