segunda-feira, 9 de junho de 2025

BR-101 em Estância: décadas de omissão e vidas perdidas

 

Minha mãe foi uma das vítimas da BR-101 em Estância. E a tragédia continua

 Há décadas, o DNIT em Sergipe parece ter lavado as mãos diante do drama da BR-101 no trecho que corta Estância. A ausência de ações concretas expõe diariamente pedestres e motoristas a riscos de vida ao tentarem atravessar para bairros como Santo Antônio, Cidade Nova, Valadares, Piauitinga, Bonfim e o centro, além de vias como Marechal Deodoro, Caminho do Rio, Rua da Usina, Jessé Fontes, Boa Viagem e Rua da Rosa. A cada travessia, a iminência de atropelamentos paira como sombra constante.

Do trecho da Ponte da Cachoeira até a entrada da Cidade Nova, o número de vidas perdidas é incalculável. Décadas de tragédias não foram suficientes para sensibilizar as autoridades. Estância segue chorando seus entes queridos, vítimas de um descaso histórico. Até quando?

Cada morador tem sua própria história de perda. A minha é de 16 de janeiro de 1983, quando minha mãe foi uma das tantas vítimas na cabeceira da Ponte da Cachoeira. Mais de 40 anos se passaram e nada foi feito para garantir segurança àqueles que atravessam o local diariamente. Como diz o ditado: “Tudo como dantes no quartel de Abrantes.”

Além do risco nas travessias, cruzar a Ponte da Cachoeira — localizada no km 153 da BR-101, com 171 metros de extensão — é um desafio diário. Sua estrutura, a mesma desde 1956, segue sem adaptações ou modernizações. Quase 70 anos depois. Da era da fóbica.

Governadores, deputados federais e senadores parecem impotentes ou indiferentes. O problema persiste, e com ele, o risco à vida de milhares de estancianos.

 




 

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